terça-feira, 13 de novembro de 2018

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Concurso Calendário do Mar 2020

Estão abertas as inscrições para participar na elaboração de um calendário sobre o mar
Pretende-se com este desafio, alertar para a conservação da biodiversidade marinha...
Os trabalhos criados com recurso à técnica de colagem deverão representar a biodiversidade marinha - elementos ou ecossistemas.
Ex. poças de mar, ambiente subaquático, peixes, crustáceos, algas, aves marinhas, etc
O objetivo e cada imagem será ilustrar um mês do calendário anual





Metodologia
·         Investigação sobre as espécies /ecossistemas a representar desenho da imagem / esboço numa folha A3 formato horizontal / paisagem
·         Realização de colagens recorrendo à utilização de papel usado e, preferencialmente, cola UHU renature *
·         Digitalização / fotografia de qualidade do trabalho realizado.
Identificação do mês ou meses que poderiam ser ilustrados com essa imagem
·         Associação de uma frase alusiva à conservação dos recursos marinhos
·         Memória descritiva: escola; idade dos alunos; informações relevantes sobre o processo
FASE 1
Envio da imagem digital + memória descritiva. para a ABAE | Eco-Escolas até 15 de dezembro

Inscrições

Estão abertas as inscrições para o projeto eco-escolas


Inscreve-te e participa em ações de sensibilização para a proteção do planeta

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Antropoceno


O termo Antropoceno não é recente, tendo sido apresentado por Crutzen & Stoemer, em uma publicação do Programa Internacional da Geosfera-Biosfera, em 2000. No entanto, sua maior divulgação e notoriedade ocorreram após a publicação de um artigo do primeiro autor na Revista Nature, em 2002, intitulado “Geologia da Humanidade” (Crutzen, 2002 apud Filho et al, 2013).

Paul Crutzen foi o vencedor do Prémio Nobel de Química de 1995, com a descoberta do mecanismo da destruição da camada de ozono, e foi um dos cientistas que mais popularizou e difundiu o conceito de "Antropoceno".

De acordo com o mesmo, o termo Antropoceno se encontra mais adequado às efetivas alterações do homem na dinâmica da Terra, que aumentaram de forma acelerada em razão da evolução das ciências e das tecnologias modernas.
Para ele e muitos outros cientistas, a paisagem física já traz cicatrizes e marcas diretas e/ou indiretamente das ações antrópicas (feitas pelo homem), que fica difícil afirmar que haja, ainda, o chamado “espaço natural”.

Basta lembrarmos do fenómeno Aquecimento Global, mencionando na postagem anterior, o qual – além de ser um fenómeno cíclico, natural – tendo em vista que estamos atravessando uma fase interglacial, de temperaturas mais elevadas, a poluição com a emissão de gases de efeito estufa agravou e alterou a média da temperatura da Terra em escala global.
Isso significa dizer que não existe nenhum espaço ou paisagem na superfície terrestre de caráter exclusivamente natural, pois este ou esta já sofreu, direta e/ou indiretamente, os impactos das ações antrópicas.

Vários exemplos podem ser citados, como o degelo das zonas polares, do Monte Kilimanjaro, ponto culminante do continente africano, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, de metano e de dióxido de carbono retidos no gelo polar e etc.

Todas as intervenções antrópicas na superfície terrestre, independente do grau de seu impacto, implicam em uma maior ou menor ruptura ou alteração das funções ecológicas (funcionamento) dos ecossistemas. Sendo, com isso, capazes de interferir na estabilidade dos mesmos.
Existe, ainda, certa divergência na literatura especializada acerca do marco inicial da época Antropocénica. Alguns autores o consideram a partir da prática da agricultura extensiva, enquanto outros o assinalam com a I Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do Século XVIII, na Inglaterra.

No entanto, o maior consenso quanto ao seu início direciona-se à expansão industrial, ocorrida com e após a I Revolução Industrial, ou seja, a partir da segunda metade do século XVIII até hoje.



Os cientistas estão convictos que, no futuro, os materiais sedimentares apresentarão registros desses impactos a partir de resíduos deixados em seus depósitos. Em outras palavras, “os depósitos sedimentares exibirão a marca das atuais intervenções no meio ambiente, arqueólogos encontrarão restos de nossos animais domésticos, da mesma forma que resquícios de plantas cultivadas e partículas de plástico” (Terra).

PROJETO INOVADOR VISA A RECUPERAÇÃO DE CORAL.

Com a missão de agir pela conservação de ecossistemas marinhos e proteção dos recifes de coral, um novo projeto realizado em Bali reconstrói ambientes degradados com a ajuda das comunidades locais

Construir recifes artificiais dedicados à reabilitação de corais em zonas degradadas e estrategicamente posicionadas é o objetivo principal de um projeto inovador que está sendo implantado em Bali, Indonésia.
ONG Coral Guardian, organização especializada no desenvolvimento de estruturas submarinas com propósitos de conservação, arte, cultura e desenvolvimento econômico de comunidades locais, é a responsável pelo programa ‘Adote um Coral’, situado no Triângulo de corais.
O projeto nasceu após seu fundador, o francês Martin Colognoli, trabalhar como gerente em uma fazenda para a exploração de animais ornamentais na Indonésia e constatar que, todos os dias, os pescadores lhe traziam espécies em condições “deploráveis”, com altas taxas de mortalidade.

Cinco meses mais tarde, após tentar de tudo para mudar este “pesadelo”, como descreve Colognoli, ele decidiu abandonar seu trabalho e buscar outra forma de preservar os oceanos, surgindo assim o Coral Guardian. A ideia do projeto era reunir conservação, sensibilização e pesquisas.




Recuperação
Ao sul de Bali, a área do Triângulo de corais é classificada como uma zona prioritária para a conservação por abrigar mais de 30% dos recifes mundiais. O projeto é conduzido na Ilha de Serangan, que teve grande parte dos recifes destruída há cerca de 20 anos durante a expansão do seu território.
Em dois hectares, estruturas em concreto são voluntariamente imersas visando à colonização por organismos marinhos, como os corais. Então, a equipe, incluindo profissionais e cientistas, realiza o povoamento das estruturas com técnicas de estaca de corais.
A ideia das estruturas, na forma de um templo, foi integrar um suporte para a biodiversidade com a arte e cultura locais, aportando também mais um atrativo para os turistas. O templo é constituído de duas portas de cerca de três metros de altura e de uma série de 20 estátuas balinesas a uma média de quatro metros de profundidade.

“Com o tempo, as estruturas desaparecem sob o recife e dão lugar a uma zona natural, como poderia ser antes da intervenção humana. As comunidades locais poderão igualmente se beneficiar sensibilizando os ecoturistas e desenvolvendo uma economia responsável”, comentou Colognoli.

O programa, que gerou 20 postos de trabalho localmente e traz oportunidades de ecoturismo e melhoria dos estoques pesqueiros, é completamente financiado por doações privadas de particulares ou empresas que desejam apoiar as ações de conservação.


A evolução da biodiversidade na área repovoada é acompanhada durante cinco anos. O sucesso do projeto depende da escolha certa do local a ser reconstruído, levando em conta os habitats ao redor e as correntes dominantes, as características da estrutura de base e o apoio de parceiros chave, como pescadores, mergulhadores, governo, público, etc.


Benefícios múltiplos
Como os corais construtores de recifes armazenam carbono, além da recuperação da biodiversidade local, o projeto assume uma importância global na luta pela redução das emissões de dióxido de carbono.
Em uma parceria com a Universidade Macquarie de Sydney (Austrália) e com o Instituto Oceanográfico Paul Ricard de Six-Fours-Les-Plages (França), o projeto também apoia o desenvolvimento de pesquisas científicas, trabalhando com a aquicultura de peixes e invertebrados ornamentais visando propor alternativas à extração no meio selvagem.
Além do envolvimento direto com o projeto, atividades de sensibilização ligadas à preservação dos oceanos são realizadas com as crianças locais. A ONG também possui um projeto para a criação de uma escola, financiada por empresas, que deve abrir as portas no final de 2013.
Assim, as comunidades locais são acompanhadas para que possam preservar a biodiversidade de forma autónoma e contribuir na melhoria do seu nível de vida.
Com a evolução rápida do projeto, em breve dois outros recifes artificiais serão construídos em outros locais na Indonésia e a ONG tem planos de realizar parcerias com instituições de mergulho para auxiliar na implantação de recifes artificiais – não unicamente na Indonésia.
Os corais
Ao longo de 240 milhões de anos, os recifes evoluíram e se tornaram um dos ecossistemas mais importantes e complexos do planeta, abrigando mais de quatro mil espécies de peixes (25% de todas as espécies marinhas conhecidas), 700 espécies de corais e milhares de plantas e outras formas de vida. 

Apesar de 100 milhões de pessoas dependerem deles diretamente, 75% dos recifes de coral estão ameaçados devido às mudanças climáticas, poluição, sobrepesca, turismo em massa, entre outros. 


Fonte: Instituto CarbonoBrasil

ESCOLA SECUNDÁRIA DE BARCELINHOS

Dia da floresta autóctone 23 de novembro